Professor Windson Viana é aprovado como Pesquisador do CNPq
Data da publicação: 22 de novembro de 2022 Categoria: NotíciasProfessor Windson Viana é aprovado como Pesquisador do CNPq
Por Georgia Silva
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq é uma fundação
pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, tem
como objetivo promover a pesquisa científica e é essencial para o reconhecimento das
instituições de pesquisa e dos pesquisadores brasileiros pela comunidade científica. Sendo
assim, para ser um Pesquisador do CNPq é preciso muita competência e destaque na sua área.
Este ano, o professor do SMD Windson Viana foi aprovado como Pesquisador do CNPq com
a bolsa de produtividade em pesquisa. O processo de aprovação não é simples, o pesquisador
deve submeter uma proposta de pesquisa e após isso todo o seu currículo é analisado: são
avaliadas a quantidade de publicações acadêmicas realizadas, resultados de pesquisa,
quantidade de alunos mestrandos/doutorandos orientados, etc. Segundo o professor, o
processo não é fácil, essa foi sua 4ª tentativa e a 2ª aprovação.
“Eu já tinha tentado (o processo) acho que quatro vezes, e nessas quatros vezes, duas vezes
fui aprovado e duas vezes não fui, mas em uma dessas aprovações, o que aconteceu foi tipo
‘você tem o perfil mas não temos bolsa pra você’. Então até que dessa vez deu certo, e eu
acredito principalmente porque hoje eu tenho alunos orientandos que já terminaram o
mestrado e doutorado e por causa da questão do meu currículo também, já estou chegando a
quase 200 publicações e tenho mais ou menos 1300 citações […] também participo de
algumas comissões da Sociedade Brasileira de Computação, e isso dá um pouco mais de
visibilidade, ou seja, hoje tenho um corpo de impacto interessante.”, afirma.
O professor Windson possui uma formação em Ciências da Computação: tanto a sua
graduação, quanto o mestrado foram, ambas, em Computação e suas pesquisas iniciais (no
doutorado) foram relacionadas à Computação Ubíqua, tecnologias que conseguem descobrir
quem é o usuário, o que ele está fazendo, onde ele está, e em função disso, o sistema toma
alguma ação, recomenda algo, por exemplo muda a interface quando descobre que a pessoa
está no carro, etc. Porém, após ingressar no curso de Sistemas e Mídias Digitais, sua pesquisa
acabou incorporando elementos de outras áreas.
“Eu acabo pegando muito os temas que permeiam o curso do SMD e incorporo isso dentro da
minha pesquisa. Atualmente, eu trabalho bastante com pesquisas com acessibilidade,
desenvolvimento de tecnologias assistivas para pessoas com deficiência visual e deficiências
auditivas, e essas tecnologias são o que? Aplicações móveis, aplicações de RV [Realidade
virtual], jogos…”, afirma o professor.
Além do foco em acessibilidade, outras áreas que o professor se dedica a pesquisar são a
Engenharia de Software, sua área de origem, onde ele estuda, por exemplo, como criar
melhorias para o desenvolvimento de software na área móvel, investigando problemas
relacionados à qualidade do código, dos processos envolvidos no desenvolvimento, etc, e
mais recentemente Educação em Computação.
“Sou professor de disciplinas aqui que também são ministradas em cursos de computação no
geral, por exemplo, redes e programação em sistemas distribuídos, então eu entrei nessa área.
Hoje, tenho orientandos que trabalham em pensamento computacional e também uso de
metodologias ativas, então quem já foi meu aluno aqui no SMD, sabe que eu já fiz uso de
metodologias ativas com aulas invertidas, gamificação, uso de jogos etc., essas abordagens
que eu acabei incorporando nas minhas disciplinas acabaram virando campo de estudo, então
hoje eu oriento alunos de mestrado e doutorado nesses temas”.
Porém, não foi só a vivência no SMD que influenciou a vida de pesquisador do professor, o
seu trabalho como pesquisador também influencia os estudantes do curso. “As disciplinas
viram um campo de experimentação, eu criei algumas coisas com alunos do SMD, inclusive,
que são utilizadas nas disciplinas, então isso (os resultados das pesquisas) acaba repercutindo.
O que eu acho também interessante, é que eu tenho muitos orientandos que são egressos do
SMD, e é gratificante ver que mesmo que eu esteja em outro programa (de pós-graduação),
que não é próprio do UFC Virtual, tem muitos ex-alunos do SMD que vão lá fazer pesquisa
comigo”, conta o professor.
Existem muitos estudantes que possuem a vontade de seguirem o caminho da pesquisa mas
não sabem como fazer isso, e segundo o professor Windson, sua experiência como
pesquisador o permite “[…] mostrar que existe pesquisa de qualidade sendo feita no nosso
estado, que tem repercussão nacional e às vezes internacional, e dar essa oportunidade pros
alunos, pois muitas vezes eles querem (seguir a carreira acadêmica) mas não sabem como é,
então a gente orienta, tenta sempre levar os alunos do SMD para participar desses
programas”, afirma.
A bolsa de produtividade em pesquisa é uma forma de premiar os pesquisadores que estão
tendo destaque em determinadas áreas e dar uma chancela de que o trabalho está sendo bem
feito. Dessa maneira, a pessoa que busca ser um pesquisador do CNPq, deve ter e participar
de projetos e, principalmente, ser produtivo.
Segundo o professor, “é importante traçar algumas metas, você precisa ter projetos de
pesquisa com regularidade. Já tem quase 10 anos que eu tenho projeto de Iniciação Científica,
já coordenei alguns projetos, participei de alguns projetos de cooperação internacional de
pesquisa, então isso é muito importante. Estar vinculado a algum programa (de pós-
graduação), ou seja, ter orientandos de mestrado e doutorado, pois isso conta bastante, e ser
produtivo no sentido de realizar pesquisas que você consegue publicar e que tenha um certo
impacto nacional, ou internacional para dar essa visibilidade.”
Para o estudante de graduação que deseja cursar uma pós-graduação, o mais importante é se
aproximar de algum professor do curso que orienta e possui projeto de pesquisa, para poder
começar a pesquisar e produzir trabalhos . Após a graduação, a meta é o mestrado.
“Para o aluno do SMD não é nada inalcançável, pois vocês têm muitos caminhos a seguir, não
necessariamente só o mestrado em Tecnologias Educacionais aqui do UFC Virtual, o
estudante pode ir para a Computação, tem gente que vai pro mestrado do pessoal do ICA e
tem gente que faz mestrado fora da UFC, por exemplo”, conclui.
O professor Windson ingressou na UFC em 1999 como estudante de Computação. Cearense
de Fortaleza, é casado e possui dois filhos. No tempo livre, gosta de jogar UNO com a família
e futebol com os amigos.