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Universidade Federal do Ceará
Sistemas e Mídias Digitais

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LABVIS – Espaço de Virtualização e Interatividade no SMD

Data de publicação: 18 de agosto de 2023. Categoria: Notícias

Por Bianka Costa

O curso de Sistemas e Mídias Digitais é um curso multidisciplinar que compreende vários âmbitos relacionados às tecnologias, e conta com diversos projetos relacionados à pesquisa e extensão que engloba não só a si como a toda a universidade. Um espaço do SMD que segue essas particularidades é o Laboratório de Visualizações Interativas e Simulações, também conhecido como LABVIS.

Coordenado pelo professor Adriano Oliveira, o LABVIS é um recente espaço situado nas instalações do bloco do SMD, responsável por ações de pesquisa e extensão relacionadas a tecnologias virtuais interativas que permitam a visualização e interação direta com criações e ambientes, através de variadas mídias digitais. A iniciativa possui como o objetivo de suas pesquisas o desenvolvimento de projetos e ferramentas das mais diversas estirpes, tendo como foco a virtualização de elementos variados em contextos que vão desde educacionais e culturais.

A virtualização propõe a criação de uma versão virtual de algo e inclui simulação e experimentação humana em ambientes cibernéticos, e se tornou uma tendência popular nos últimos anos. Áreas como jogos, medicina, cultura, educação e arquitetura já exploram as vantagens oferecidas por essas tecnologias e, tendo isso em mente, o próprio LABVIS abraça essas utilizações e também trabalha com o desenvolvimento de projetos nessas áreas dentro da própria Universidade.

Criação

O LABVIS teve seu manancial fincado em 2020, a partir de uma série de ações conjuntas entre o SMD e o Centro Interdisciplinar de Análise de Imagens (CMAI), projeto do Cientista Chefe de Saúde do Estado do Ceará e apoiado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). A parceria perdurou até 2022 e, após o encerramento, o LABVIS foi formalizado pelo Instituto Universidade Virtual enquanto desenvolvia o Projeto OSCE, que pesquisava tecnologias virtuais na educação em saúde em parceria com a Faculdade de Medicina da UFC.

Alguns projetos do LABVIS, como o Museu de Paleontologia (figura 1 e 2) e o Projeto Osce (figura 3 a 5)

Laboratório é mais conhecido por suas realizações que envolvem tecnologias de realidade mista (virtual e aumentada). No entanto, o coordenador do projeto, professor Adriano Oliveira, deixa claro que o LABVIS e seus projetos não estão restrito a elas: “Além de produtos em AR e VR, trabalhamos também com aplicações gamificadas para PCs e celulares, conteúdo interativo online, animações 3D e mesmo audiovisual tradicional”.

“De modo geral, estudamos tecnologias de produção de mídias por computação gráfica em tempo real para gerar conteúdos audiovisuais impactantes, de modo interativo ou não”, comenta o professor. Apesar de contar com aplicações de diversas estirpes, normalmente, um projeto dentro do Laboratório conta com um processo de desenvolvimento semelhante em certos aspectos: partindo de um dado modelo ou sistema físico, são estudadas aplicações que permitam a digitalização 3d e disponibilização para manipulação por usuários finais em modalidades distintas. “Usualmente buscamos pensar soluções multiplataforma para nossos produtos e pesquisas”, esclarece Adriano.

Desde então, o LABVIS vem se especializando em seu propósito e desenvolvendo projetos que têm seu contexto majoritariamente interligado à educação, âmbito que envolve treinamento, capacitações, EAD, ensino remoto e divulgação científica. Um exemplo disso é o caso do add-on de Medições Geomorfológicas, ferramenta que servirá de apoio às pesquisas com fotogrametria de formações geológicas do curso de Geografia da UFC, conduzidas por Rubson Maia, professor de Geomorfologia da Universidade.

Mais recentemente, o Laboratório desenvolveu o LAB-RINTO, um projeto conjunto com alunos do curso que desenvolve experiências de realidade virtual utilizando a plataforma de criação Unreal Engine. A iniciativa convidou alunos, em sua maioria, sem experiência com realidade virtual e renderização 3D para a criação de ambientes virtuais exploratórios e ‘gameficados’ que são acessíveis via óculos de realidade virtual. “Em especial, damos muita atenção às mídias tridimensionais. Tentamos evidenciar que não é difícil desenvolver jogos e aplicações tridimensionais com ambientação foto realista”, explica Adriano Oliveira.

Relutância e receio dos alunos

Apesar de prosperar em seu momento atual, o projeto teve seus percalços, que envolviam questões estruturais e a falta de equipamentos tecnológicos necessários para o bom cumprimento de seus objetivos. No entanto, também estava presente a questão singular do receio, por parte dos próprios estudantes do curso, em se arriscarem no mundo das estações gráficas, decorrente do que o professor chama de “uma muito precoce identificação dos alunos com um dos eixos de formação, em detrimento do outro”. 

Tal questão está relacionada com a polarização existente no curso, com a escolha de um lado (Sistemas ou Mídias) em detrimento do outro ocorrendo rapidamente, e ocasionando uma restrição em relação a novas experiências e a uma possível perspectiva interdisciplinar. 

No projeto LAB-RINTO, o professor trabalhou com estudantes que nunca tinham tido contato com VR.

Partindo dessa ocorrência, o professor considera como uma missão implícita do LabVis “fomentar uma cultura de pesquisa e desenvolvimento de aplicações de alto impacto sensorial (visual e sonoro), ativando de modo eficiente a interação entre sistemas e mídias digitais”. Tendo em mente o fator da tendência natural para uma especialização, o professor defende o rompimento da barreira polarizada: “acredito que precisamos estimular nossos alunos a se perceberem permanentemente como agentes de uma nova interdisciplinaridade permanente: sistemas + mídias. Sem essa interdisciplinaridade, as aplicações que o LabVis se propõe a estudar e desenvolver não são possíveis.”

O Laboratório é um ambiente muito promissor

Espaço dedicado ao Laboratório, localizado dentro do bloco do SMD.

O Laboratório, atualmente, conta com um espaço próprio dentro do Instituto Universidade Virtual (localizado no gabinete 15 do segundo piso do Bloco do curso de Sistemas e Mídias Digitais) e possui equipamentos que colaboram para o desenvolvimento de seus projetos “contamos atualmente com 04 estações gráficas de trabalho para produção avançada de mídias, 07 óculos de realidade virtual de última geração, equipamentos de produção fotográfica e audiovisual e impressora 3D”, detalha o coordenador do projeto.

Ademais, o laboratório também apoia, com seus equipamentos, ações de outras disciplinas, como Fotografia Digital, Produção Audiovisual e Edição Audiovisual, contabilizando mais de 80 alunos.

O espaço dedicado ao LABVIS, localizado no Bloco do curso, pode ser acessado por alunos, técnicos e professores vinculados ou parceiros do Instituto Virtual. No entanto, o seu acesso, assim como de seus equipamentos sem o acompanhamento de um responsável (bolsista ou professor), não é livre por questões de segurança. Ainda assim, para os interessados e/ou necessitados da utilização do espaço ou de seus equipamentos correlatos, o professor oferece a possibilidade: “alunos ou grupos que tiverem uma boa justificativa para pleitear acesso ao espaço ou apoio em suas produções podem mandar email diretamente para: labvis@virtual.ufc.br”.

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